Eu, hoje: cabelo desarranjado, escorrido até aos ombros, loiro ou acastanhado, tanto faz. Camisola de manga comprida, riscada entre azuis e brancos, óculos de massa grossa, muito usados e maltratados. Calças de ganga em igual estado. Estou à porta de minha casa, e pareço perdida. Passo a mão pelo cabelo, sem intenção de o pentear, é apenas um reflexo, e olho no vazio. À minha frente o portão de ferro, que me tapa da cintura para baixo. Por trás de mim a garagem, fechada, com a tinta seca e partida pelo sol a cair das portas. A vivenda ergue-se também nas minhas costas, branca e com restos de trepadeiras ainda coladas à parede.
Está sol, um dia lindo, apesar de ser Outono. Eu fico na sombra.
sexta-feira, outubro 13, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário