quarta-feira, setembro 02, 2009

message to self: quit the crap, paint the town red



Tightly I hold her
Closer to my heart
I'm certain when I squeeze her
For total love she'll sacrifice

You're the reasons to live
Your wish is your command
A simple flick of the wrist
Could simply be the end

I heard rumors of a loaded gun
(Paint the town red)
Vicious rumours of a loaded gun
(Paint the town red)

She blows you powdered kisses
The kind that break your heart
Last night things got crazed
She went off, off on me

baralhação

olho para o ecrã vazio.
apetece-me estar ali outra vez, definitivamente.
acredito que a minha intuição não me engana.
sei que os meus desejos atrapalham o caminho.
os caminhos cruzam-se.
os acasos acontecem.
surpreende-me.
sorri, e lembra-me do que disseste
não faz mal eu estou aqui.
olho para ti.
olhas para mim.
estamos aqui os dois.
continuamos aqui.

quinta-feira, julho 02, 2009

forwards II



is this for real???

ficção #4 - alice ao portão

a alice ao portão
nunca pensou que ele lhe desse a mão
mas naquele dia quando se viu
no meio da confusão
disse logo muito depressa
ai que grande desilusão!
assim que o disse calou-se
e a boca com as mãos tapou
mal sabia ela
o impacto que ficou...
mais adiante na estória,
depois de muito ouvir
resolveu pedir à glória
mais comprimidos para dormir.
assim ficou a sonhar
sem sentir a confusão
com o que havia de ganhar
assim que investisse o primeiro tostão.
neste conto pequenino
ninguém irá levar a mal
um amigo canino
a dar à cauda no canal.
nem sei porque é que ainda aqui estou
aguardando a tua chegada
mais vale desligar isto
do que fazer uma cagada.

am i ever gonna change




tenho comichões e fico sem posição cada vez que uma pessoa daquelas me aparece pela frente...

caracteristicas: geralmente bastante atentos (ou a fingir que não), observam/escutam tudo até ao tutano e registam. no momento seguinte (que pode variar: minutos, horas dias...) vomitam uma versão "melhorada"/"adaptada" como se inclusivamente tivessem registado a patente anos antes.

exemplo mais ridiculo:

malagueta - e se fossemos ao cinema? bla bla bla tarantino, bla bla bla lynch...

resposta típica 1 - (empurrando a cabeça para o lado direito e encolhendo os ombros) hum.
resposta tipica 2 - vi à semanas um livro do mapplethorpe, já tens?
resposta tipica 3 - (sem resposta)

10 minutos depois...

proposta - estava aqui a pensar... e se fossemos ao cinema? bla bla bla lynch e tarantino, bla bla bla...

malagueta - humph. (enquanto cerra o punho esquerdo)

caixote de livros 003


Masanobu Fukuoka

From Wikipedia, the free encyclopedia

...if modern agriculture continues to follow the path it's on now, it's finished. The food-growing situation may seem to be in good shape today, but that's just an illusion based on the current availability of petroleum fuels. All the wheat, corn, and other crops that are produced on big American farms may be alive and growing, but they're not products of real nature or real agriculture. They're manufactured rather than grown. The earth isn't producing those things... petroleum is!
—Masanobu Fukuoka, Mother Earth News interview, 1982[1]

Masanobu Fukuoka (福岡 正信 Fukuoka Masanobu February 2, 1913August 16, 2008) author of The One-Straw Revolution, The Road Back to Nature and The Natural Way Of Farming, was one of the pioneers of no-till grain cultivation. His system is referred to as "natural farming", Fukuoka Farming, or the Fukuoka Method.

Background

Trained as a microbiologist in his native Japan, he began his career as a soil scientist specializing in plant pathology. At age 25, he began to doubt the wisdom of modern agricultural science. He eventually quit his job as a research scientist, and returned to his family's farm on the island of Shikoku in Southern Japan to grow organic mikans. From that point on he devoted his life to developing a unique small scale organic farming system that does not require weeding, pesticide or fertilizer applications, or tilling.

The timing and circumstances of Fukuoka's conversion from Western agricultural science, parallels the new movement in the 1940s to organic farming and gardening in Europe and the US, led by pioneers like Lady Eve Balfour, Sir Albert Howard, and J.I. Rodale (founder of Rodale Press). However Fukuoka himself believed that he was going a step further than organic farming:

"The problem, however, is that most people do not yet understand the distinction between organic gardening and natural farming. Both scientific agriculture and organic farming are basically scientific in their approach. The boundary between the two is not clear." (The Road Back to Nature page 363)

At age 92, Fukuoka still managed to lecture when he could, such as at the Expo 2005 in Aichi Prefecture, Japan. Fukuoka died on August the 16th 2008, at the age of 95.

Technique

Fukuoka practices a system of farming he refers to as "natural farming." Although some of his practices are specific to Japan, the governing philosophy of his method has successfully been applied around the world. In India, natural farming is often referred to as "Rishi Kheti."

The essence of Fukuoka's method is to reproduce natural conditions as closely as possible. There is no plowing, as the seed germinates quite happily on the surface if the right conditions are provided. There is also considerable emphasis on maintaining diversity. A ground cover of white clover grows under the grain plants to provide nitrogen. Weeds (and Daikons) are also considered part of the ecosystem, periodically cut and allowed to lie on the surface so the nutrients they contain are returned to the soil. Ducks are let into the grain plot, and specific insectivorous carp into the rice paddy at certain times of the year to eat slugs and other pests.

The ground is always covered. As well as the clover and weeds, there is the straw from the previous crop, which is used as mulch, and each grain crop is sown before the previous one is harvested. This is done by broadcasting the seed among the standing crop. Also he re-introduced the ancient technique of seed balls (粘土団子,土団子,土だんご,Tsuchi Dango (Earth Dumpling). The seed for next season's crop is mixed with clay, compost, and sometimes manure, and formed into small balls. The result is a denser crop of smaller but highly productive and stronger plants.

Fukuoka's method and philosophy is about small scale farming, yet he claims "With this kind of farming, which uses no machines, no prepared fertilizer and no chemicals, it is possible to attain a harvest equal to or greater than that of the average Japanese farm." (The one-straw revolution page 3).

Quotes

"If we throw mother nature out the window, she comes back in the door with a pitchfork."

"When a decision is made to cope with the symptoms of a problem, it is generally assumed that the corrective measures will solve the problem itself. They seldom do. Engineers cannot seem to get this through their heads. These countermeasures are all based on too narrow a definition of what is wrong. Human measures and countermeasures proceed from limited scientific truth and judgment. A true solution can never come about in this way."

"Natural farming is not just for growing crops, it is for the cultivation and perfection of human beings.

"Giving up your ego is the shortest way to unification with nature."

caixote de livros 002

My work began with the labyrinth in 1991 and since that time, my gifts in public speaking, leading workshops and guiding others have been able to come into the world in new ways due to this life-changing practice. Over the years, I’ve come to understand the labyrinth in many ways. I’ve lectured on it as a walking meditation, a path of prayer and a dynamic tool of manifestation. It certainly is a watering hole for the Spirit. The labyrinth meets you where you are, gives you what you need and connects you to an invisible web of relationships that opens you to be of service to others and to the planet. The labyrinth has been a major force of change in my life and I choose to be part of the invisible web of people in service to others and to our ailing planet.

caixote de livros 001


Fritjof Capra

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Fritjof Capra (Áustria, 1939 - ) é um físico teórico e escritor que desenvolve trabalho na promoção da educação ecológica.

Capra recebeu, em 1966, seu doutorado em física teórica pela Universidade de Viena e tem dado palestras e escrito extensamente sobre as aplicações filosóficas da nova ciência. Atualmente vive com a esposa e a filha em Berkeley, Califórnia, onde é o diretor do centro de educação ecológica.

Capra tornou-se mundialmente famoso com seu O Tao da física, traduzido para vários idiomas. Nele, traça um paralelo entre a física moderna (relatividade, física quântica, física das partículas) e as filosofias e pensamentos orientais tradicionais, como o taoísta de Lao Tsé, o Budismo (incluindo o zen) e o Hinduismo. Surgido nos anos 70, O Tao da física busca os pontos comuns entre as abordagens oriental e ocidental da realidade. Recibido com enormes críticas pelo campo ortodoxo tanto da religião, quanto das ditas ciências atuais, as quais desprovaram das prospostas de Capra em seu livro.

Outro livro seu tornou-se referência para o pensamento sistêmico: O Ponto de Mutação, cujo nome foi extraído de um hexagrama do I Ching. Nele Capra compara o pensamento cartesiano, reducionista, modelo para o método científico desenvolvido nos últimos séculos, e o paradigma emergente do século XX, holista ou sistêmico (que vê o todo como indissociável, de modo que o estudo das partes não permite conhecer o funcionamento do organismo), em vários campos da cultura ocidental atual, como a medicina, a biologia, a psicologia e a economia.

Livros

Ligações externas


dia oficial de recepção de cromos

quarta-feira, julho 01, 2009

the love series #3 e suspiro... (parte V)



pursuit of happiness, NB

So you got to go, but you don't know where
All that you know, is you can't stay here
What's left to do, wish you the best
In your pursuit of happiness
You say it's not me, it's just you
I'm the only one, in the room
Asking myself why you have left
In your pursuit of happiness
Happy Happy Happiness
Asking myself why you have left
In your pursuit of happiness
Pursuit of happiness
All the papers read
Happiness is fled
Known accomplice to the sad
I hope you find what you're looking for
Your piece of mind, I want nothing more
Lost somewhere over the rainbows end
In your pursuit of happiness
Happy Happy Happiness
Lost somewhere over the rainbows end
A man in a suit of happiness
Pursuit of happiness
All the papers read
Happiness has fled
Attempted fraud astrology
Is everybody happy
Is everybody happy
Smile everybody happiness
Is everybody happy
Is everybody happy
Smile everybody happiness
Time can move fast now that you're gone
Can't dwell on the past, what's done is done
Starting over again, more or less
In my pursuit of happiness
Starting over again, more or less
In my pursuit of happiness

sexta-feira, junho 26, 2009

um a menos... bye bye jacko


I remember Pierre Klossowski 25 years ago defining Michael Jackson as an "androgine social", the total andrgyne: he was both black and white, a child and an adult, a man and a woman, a street kid and a multi-millionnaire, a bum and a socialite, a conservative and a radical, sick and healthy, manic and depressed. Now we can add: denounced and deified, dead and alive.

Vasco Pimentel @ facebook

terça-feira, junho 23, 2009

forwards I


Washington DC Metro Station on a cold January morning in 2007. He played six Bach pieces for about 45 minutes. During that time approx 2 thousand people went through the station, most of them on their way to work. After 3 mins a middle aged man noticed there was a musician playing. He slowed his pace and stopped for a few seconds and then hurried to meet his schedule.

4 mins later:

the violinist received his first dollar: a woman threw the money in the till and, without stopping, continued to walk.

6 minutes:

A young man leaned against the wall to listen to him, then looked at his watch and started to walk again.


10 minutes:

A 3 year old boy stopped but his mother tugged him along hurriedly, as the kid stopped to look at the violinist. Finally the mother pushed hard and the child continued to walk, turning his head all the time. This action was repeated by several other children. Every parent, without exception, forced them to move on.

45 minutes:

The musician played. Only 6 people stopped and stayed for a while. About 20 gave him money but continued to walk their normal pace.
He collected $32.

1 hour:

He finished playing and silence took over. No one noticed. No one applauded, nor was there any recognition.



No one knew this but the violinist was Joshua Bell, one of the best musicians in the world. He played one of the most intricate pieces ever written, with a violin worth $3.5 million dollars. Two days before Joshua Bell sold out a theater in Boston where the seats averaged $100.

This is a real story. Joshua Bell playing incognito in the metro station was organized by the Washington Post as part of a social experiment about perception, taste and people's priorities. The questions raised: in a common place environment at an inappropriate hour, do we perceive beauty? Do we stop to appreciate it? Do we recognize talent in an unexpected context?

One possible conclusion reached from this experiment could be:

If we do not have a moment to stop and listen to one of the best musicians in the world playing some of the finest music ever written, with one of the most beautiful instruments ....

How many other things are we missing?

the world awaits (d'après burton)


estou ao portão.

quinta-feira, maio 28, 2009

a natureza contra-ataca


Milhares e milhares de hectares de terra previamente cultivada com soja Roundup Ready da Monsanto estão a ser abandonadas pelos agricultores americanos.
Razão: Uma variedade de amaranto que se tornou super-resistente ao herbicida Roundup, tomou conta desses terrenos e tornou impossível cultivar neles o que quer que seja. O amaranto é uma planta alta e com raízes profundíssimas, que só pode ser eliminada com muito trabalho manual. A ironia maior é que o amaranto é igualmente das plantas mais nutritivas que existem - era um dos principais alimentos dos Incas - devido à sua profusa produção de grãos (sementes) altamente proteicos e às suas folhas riquíssimas em nutrientes. E não precisa de fertilizantes, pesticidas ou água (tal como o cânhamo).
Como gesto de paz a mãe natureza envia-nos uma "praga" que é um super-alimento para que deixemos de cultivar soja transgénica.
Mas o que acontece? Em vez de se prestar atenção à mensagem, milhares de hectares cheios de alimento que não custou absolutamente nada a cultivar são abandonados em vez de aproveitados. De seguida ainda inventam um vírus transgénico qualquer que destrua o amaranto. Afinal quem é que quer alimento gratuito que não dê dinheiro às agroquímicas?
E depois diz-se que precisamos de OGMs para alimentar os famintos. Haverá mentira mais descarada?

....................................................




Effet boomerang chez Monsanto, le géant des OGM !!



Une super nouvelle pour la terre et pour la liberté de culture: Monsanto n'est pas le plus fort ... la nature lui fait un pied de nez!
Effet boomerang chez Monsanto :
Aux États-Unis, cinq mille hectares de culture de soja transgénique ont du être abandonnés par les agriculteurs et cinquante mille autres sont gravement menacés. Cette panique est due à une « mauvaise » herbe qui a décidé de s´opposer au géant Monsanto, connu pour être le plus grand prédateur de la Terre. Insolente, cette plante mutante prolifère et défie le Roundup, l´herbicide total à base de glyphosphate, auquel nulle « mauvaise herbe ne résiste ».
Quand la nature reprend le dessus.
C´est en 2004, qu´un agriculteur de Macon, en Géorgie, ville située à environ 130 kilomètres d´Atlanta, remarqua que certaines pousses d´amarantes résistaient au Roundup dont il arrosait ses cultures de soja.
Les champs victimes de cette envahissante mauvaise herbe ont été ensemencés avec des graines Roundup Ready, qui comportent une semence ayant reçu un gène de résistance au Roundup auquel nulle « mauvaise herbe ne résiste ».
Depuis cette époque, la situation s´est aggravée et le phénomène s'est étendu à d'autres états, Caroline du Sud, et du Nord, Arkansas, Tennessee et Missouri. Selon un groupe de scientifiques du Centre for Ecology and Hydrology, organisation britannique située à Winfrith, dans le Dorset, il y aurait eu un transfert de gènes entre la plante OGM et certaines herbes indésirables, comme l´amarante. Ce constat contredit les affirmations péremptoires et optimistes des défenseurs des OGM qui prétendaient et persistent à affirmer qu'une hybridation entre une plante génétiquement modifiée et une plante non-modifiée est tout simplement « impossible ».
Pour le généticien britannique Brian Johnson, spécialisé dans les problèmes liés à l´agriculture : « Il suffit d´un seul croisement réussi sur plusieurs millions de possibilités. Dès qu´elle est créée, la nouvelle plante possède un avantage sélectif énorme, et elle se multiplie rapidement. L´herbicide puissant utilisé ici, à base de glyphosphate et d´ammonium, a exercé sur les plantes une pression énorme qui a encore accru la vitesse d´adaptation. » Ainsi, un gène de résistance aux herbicides a, semble-t-il, donné naissance à une plante hybride issue d´un saut entre la graine qu´il est censé protéger et l´amarante, devenue impossible à éliminer.
La seule solution est d´arracher les mauvaises herbes à la main, comme on le faisait autrefois, mais ce n´est pas toujours possible étant donné l´étendue des cultures. En outre, ces herbes, profondément enracinées sont très difficiles à arracher et 5 000 hectares ont été tout simplement abandonnés.
Nombre de cultivateurs envisagent de renoncer aux OGM et de revenir à une agriculture traditionnelle, d´autant que les plants OGM coûtent de plus en plus cher et la rentabilité est primordiale pour ce genre d´agriculture. Ainsi Alan Rowland, producteur et marchand de semences de soja à Dudley, dans le Missouri, affirme que plus personne ne lui demande de graines Monsanto de type Roundup Ready alors que ces derniers temps, ce secteur représentait 80 % de son commerce. Aujourd´hui, les graines OGM ont disparu de son catalogue et la demande de graines traditionnelles augmente sans cesse.
Déjà, le 25 juillet 2005, The Guardian publiait un article de Paul Brown qui révélait que des gènes modifiés de céréales avaient transité vers des plantes sauvages, créant ainsi une « supergraine » résistante aux herbicides, croisement « inconcevable » par les scientifiques du ministère de l´environnement. Depuis 2008, les media agricoles américains rapportent de plus en plus de cas de résistance et le gouvernement des États-Unis a pratiqué d´importantes coupes budgétaires qui ont contraint le Ministère de l´Agriculture à réduire, puis arrêter certaines de ses activités.
Plante diabolique ou plante sacrée
Il est amusant de constater que cette plante, « diabolique » aux yeux de l´agriculture génétique, est une plante sacrée pour les Incas. Elle fait partie des aliments les plus anciens du monde. Chaque plante produit en moyenne 12 000 graines par an, et les feuilles, plus riches en protéines que le soja, contiennent des vitamines A et C et des sels minéraux.
Ainsi ce boomerang, renvoyé par la nature sur Monsanto, non seulement neutralise ce prédateur, mais installe dans des lieux une plante qui pourra nourrir l´humanité en cas de famine. Elle supporte la plupart des climats, aussi bien les régions sèches que les zones de mousson et les hautes terres tropicales et n´a de problèmes ni avec les insectes ni avec les maladies, donc n´aura jamais besoin de produits chimiques.
Ainsi, « la marante » affronte le très puissant Monsanto, comme David s´opposa à Goliath. Et tout le monde sait comment se termina le combat, pourtant bien inégal ! Si ces phénomènes se reproduisent en quantité suffisante, ce qui semble programmé, Monsanto n´aura bientôt plus qu´à mettre la clé sous la porte. À part ses salariés, qui plaindra vraiment cette entreprise funèbre ?

facebooking @ santa maria...




* mãe da cama ao nosso lado, enquanto o filho de 2 anos e meio tenta arrancar as barras de protecção da cama de ferro:

"oh sandro!!! és muita mau! tão os meninos todos a drumire e tu a gritare!"
"OH SÔRA FREMEIRA, num tem prai um calmante pra este pulha que num quer drumire? já me tou a passare com ele pôrra!"
... Read More
"a senhora já devia saber que não damos calmantes a ninguém..."

"eu vou-tá cara oh sandro!! ké que tu queres? qué que tu queres, pôrra?? dorme pá, dorme!"

"oi, olha aí, sê péga nêlê, léva aí no currêdor, passeia ele e já dorme né...!"

"dorme mas é o caraças a pôrra do miúdo, tá tudo a drumire menos ele, pá!" (grita) cala-te!!

"sê cuntinua falando cum ele..."

"ôcê colocou ele durmindo de dia, ele teve todo o santo dia durmindo, agora não quer dormir não, né...!"

"eu vou-lhe mas é à cara, é o que é..."

(facebook recording...) *suspiro*

sábado, maio 09, 2009

dream farter




i dream about you every night.
i swear i hear you passing by.
i dream about you and i stop.
i know you are here on this path.
i'm sure we'll have the space to be.
whatever that's supposed to say.
i swear i hear you passing by.
i dream about you every night.

I WANT TO BREAK FREE!!!

quinta-feira, abril 16, 2009

iphoto-graphic moleskine - 009

Valerie in The Mirror, L'Hotel des Beaux Arts, Paris, 1999 - Nan Goldin

ART; A New Chapter of Nan Goldin's Diary

NAN GOLDIN is a photographer whose work is a record of her life. If this were the 19th century, she might be called a diarist. Her formal compositions have depicted her friends in candid moments -- in bars and clubs, funky bedrooms and bathrooms, hanging out, having sex, doing drugs, looking warily at each other, themselves or the camera. Often these characters were estranged from society, but not necessarily from each other, and especially not from the photographer. Anything and anyone Ms. Goldin shot were intimate to her. In exhibitions and in books, she has included some self-portraits, a few of which presented devastating views of her own self-destructiveness. But, she suggests, no portrait of her could be complete without the people she loves and what's around her. ''The Ballad of Sexual Dependency,'' the work in which she first documented her friends and herself, her scene, forged a genre, with photography as influential as any in the last 20 years.

the time machine

não sei parar o tempo, mas sei senti-lo passar.
nas últimas semanas o campo transformou-se de tal forma que nos vimos arrastados por essa mesma força. o tempo tem sido passado com muita música, de dentro para fora e de fora para dentro. muitas imagens novas, muita fotografia, muitas plantas novas, muitos bebés, primavera com intervalos de inverno. esta ficção brinda-nos ainda com alguns pontos fortes: o cruzeiro da Pimenta Rosa, o aniversário do Pimento Cardinal, o meu próprio aniversário, e as reuniões surreais do costume. tudo a recordar posteriormente, se fôr caso disso... enquanto isso, keepin' it low profile, let's jazz away...

terça-feira, março 10, 2009

orgasmos multiplos


recentemente emprestaram-me uma coisa que me tira do sério, me atira para fora de mim, me faz sentir arrepios pela espinha, me faz sentir completa, me faz sentir tudo e todos, me faz saltar de alegria e pular freneticamente.
resumindo, emprestaram-me a máquina da minha vida, aquela que sinto ser um prolongamento do meu cérebro, uma hasselblad 500 c.
a sua estabilidade, as suas linhas, o som, o rolamento, o enquadramento...
sou fotografa outra vez, como que renasci!
quando é que eu tenho um destes bichinhos só para mim???....

iphoto-graphic moleskine - 008

Albino sword swallower at a carnival, Md. 1970 - Diane Arbus


Diane Arbus

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Diane Arbus (Diane Nemerov, 14 de março de 1923, em New York City; d. (suicídio) 26 de Julho de 1971) foi uma fotógrafa americana, célebre por seus retratos.

Diane Arbus se casou aos 18 anos com o fotografo Allan Arbus. A temática principal de sua fotografia era "o outro lado", mais angustiado, da cultura americana. Arbus experimentou com o flash durante o dia, permitindo destacar a figura principal do fundo das fotografias.

Diane Arbus começou a fotografar com Allan, seu marido. Depois de se separar, aprendeu com Alexey Brodovitch e Richard Avedon. No início dos anos 60 deu início à carreira de fotojornalista e publicou na Esquire, The New York Times Magazine, Harper`s Bazaar e Sunday Times, entre outras revistas. Por esta altura, escolheu uma máquina reflex de médio formato Rolleiflex com dupla objectiva, em detrimento das máquinas de 35 mm. Com a Rolleiflex teria “vistas largas”, mais resolução e um visor à altura da cintura que lhe proporcionava uma relação mais próxima com o fotografado. Entram também em cena os flashes em fotografias tiradas de dia. O objectivo era separar o essencial do acessório. Duas bolsas Guggenheim (1962 e 1966) permitiram-lhe desenvolver melhor um trabalho de autor, mostrado pela primeira vez num museu em 1967 (colectiva New Documents Museum of Modern Art). Em Julho de 1971 suicidou-se tomando barbitúricos e cortando os pulsos. O catálogo da exposição retrospectiva que o curador John Szarkowski concebeu, em 1972, tornou-se num dos mais influentes livros de fotografia. Desde então, foi reimpresso 12 vezes e vendeu mais de 100 mil cópias. A exposição do MoMa viajou por todo o país e foi vista por 7 milhões de pessoas. No mesmo ano, Arbus tornou-se a primeira fotógrafa americana a ser escolhida para a Bienal de Veneza. Diane Arbus fotografou essencialmente pessoas à margem da sociedade e pessoas comuns em poses e expressões enigmáticas.

Em 2007 estréia o filme 'A Pele', com Nicole Kidman, baseado em sua vida. "Para mim o sujeito de uma fotografia é sempre mais importante que a fotografia. E mais complicado..."



doulble self-portrait

quarta-feira, março 04, 2009

iphoto-graphic moleskine - 007

Patti Smith, 1976 - Robert Mapplethorpe

The Tambourine. I met Robert Mapplethorpe in the summer of 1967, the year that four of these twelve songs were released. Robert stretched the goat skin, tattooed the surface with my astrological sign, and added the ribbons. He presented me with this tambourine on December 30th, 1967, my 21st birthday.

Patti Smith @ twelve album



I am helium raven and this movie is mine,
So he cried out as he stretched the sky,
Pushing it all out like latex cartoon, am I all alone in this generation?
We’ll just be dreaming of animation night and day
And won’t let up, won’t let up and I see them coming in,
Oh, I couldn’t hear them before, but I hear ‘em now,
It’s a radar scope in all silver and all platinum lights
Moving in like black ships, they were moving in, streams of them,
And he put up his hands and he said, “It’s me, it’s me,
I’ll give you my eyes, take me up, oh now please take me up,
I’m helium raven waitin’ for you, please take me up,
Don’t leave me here!”
The son, the sign, the cross . . .

patti smith - birdland, in Horses


personagens recorrentes do meu imaginário desde a adolescência, patti, a mulher-artista-poetisa-performer-diva, e robert, o fotografo-lenda. a relação ambigua entre os dois (reflexo da minha própria experiência, na mesma idade que eles), a criatividade gerada durante os anos que passam juntos (horses, poesia, desenhos e fotografias inesquéciveis), o reflexo dos desejos (sexo, drogas rock and roll, o eterno "sonho americano", sucesso e fama, andy warhol), as horas de puro prazer, o encontro com patti anos depois, o desejo concretizado de a fotografar e guardá-la para sempre para mim, a recordação, a saudade, o carinho. o eterno poder das palavras e das imagens, a falta da necessidade de coerência nos textos, as emoções a fluir...

Onde pára o Captain Kirk?


27.02.2009 - Vítor Belanciano in Ípsilon, Público



Fala-se muito da vitalidade dos anos 80, mas entre 1995 e 1997 houve um meteorito no Bairro Alto, o Captain Kirk, o espaço onde todos queriam estar. Como outros locais cuja validade reside na energia que desencadeiam não se aguentou muito tempo. Mas a sua marca ainda se faz sentir.

Foi na década de 80. O país vinha de uma ditadura, queria abrir-se à modernidade, uma nova geração agitava-se, a pop irrompia, a moda dava os primeiros passos e o Bairro Alto transformava-se no novo centro da Lisboa boémia e culta.

Em espaços como o Frágil, Três Pastorinhos, Rockhouse (depois Juke Box), Café Concerto, Nova ou Keops, a arquitectura, a música, o design, a moda, o jornalismo, a dança, copos, corpos e muitas conversas cruzavam-se, fazendo desses espaços uma mistura de sociabilização do prazer e de produção artística.

Apesar da propensão portuguesa para passar ao lado da História - talvez porque não vivamos, autenticamente, as histórias - já muito foi dito sobre essa época. Por ter sido iniciática é também hoje algo idealizada. Por ter sido relevante, muitos dos que a fizeram acontecer estão hoje no poder, o real ou o de influência.

A meio dos anos 80, a Lisboa artística e boémia descia de braço dado e misturava-se com a Lisboa castiça do Cais do Sodré e do mercado da Ribeira nas "Noites Longas", ao Largo Conde Barão, Santos, num charmoso mas decadente palacete do século XVI, que mais tarde viria a hospedar o B. Leza. Ali comia-se tardiamente, discutiam-se projectos, dançava-se no salão, fazia-se a festa.

Dez anos depois, a meio dos anos 90, a festa já não tinha a mesma exuberância. Não podia ter. O Frágil, desde sempre o símbolo do Bairro, já não possuía a mesma aura. Algo se havia perdido. Mas em Dezembro de 1995, surgiu, no momento certo, o Captain Kirk, no número 121 da Rua do Norte, onde hoje está um bar latino.

Na altura poucos o terão percebido assim, mas aquele lugar incorporou um desejo de mudança, como se fosse a manifestação de uma verdade que já existia antes, mas que ninguém ainda expressara. Era o prolongamento da ideia de bar boémio e cultural que havia feito a fama do Frágil, mas era outra coisa.

Os locais nocturnos em voga nesse período personificavam um modelo consolidado, com desejo de sumptuosidade. No Kirk prevalecia a informalidade e até alguma vulgaridade que, afinal, era também afirmação estética. Havia vontade de desenvolver algo de diferente, ao nível das tendências e dos comportamentos, mesmo se nem sempre fosse nítido o que era.

Não era um espaço grande. Mas não é por aí que se mede a sua influência. Todas as noites eram iguais e distintas (seguindo a lógica dos clubes britânicos com sessões temáticas todos os dias). Ao final da tarde havia sessões de cinema e ali se legitimou a actividade do DJ como em nenhum outro sítio da época. Isolados, nenhum destes factores era novo. A novidade era essas especificidades estarem reunidas num único lugar, condensado a vontade dos que achavam que o Bairro dos anos 80 havia cristalizado e de uma geração mais nova que retinha a energia adolescente dos que querem que o mundo fosse seu - agora.

Dois anos alucinantes

O Kirk durou pouco. Talvez não pudesse ser de outra forma, diz o realizador Jorge Cramez, na casa dos 40 anos, espécie de "dono honorário", como gosta de afirmar. Em sua casa, olhando para uma foto de Marilyn Monroe, não resiste à analogia: "Penso nela ou no [James] Dean como metáforas. Viveram o tempo certo para deixarem rasto. O Kirk também. Viveu o tempo certo para ficar qualquer coisa. Se ainda existisse, seria apenas mais um. Aquela potência esgotou-se. Só podia. Aqueles dois anos foram alucinantes!"

Os proprietários do espaço eram Tiago Vaz, que trabalhara durante anos no bar Nova e que hoje está retirado, e o belga Gilluu Leroy, que se dedica à restauração na Tailândia. Recuperaram uma velha casa, transformando-a num bar dançante. Não era grande, mas foi optimizado. À direita, uma máquina de flipers, à esquerda mesas, rodeando uma pista de dança circular, um balcão corrido e oito televisores. Não havia grande sofisticação, mas os clientes dos primeiros tempos não se importavam.
"No primeiro ano, foi um acontecimento em Lisboa", recorda Cramez, "agregando pessoas do Frágil, e de outros espaços, ligadas às artes, dança, cinema, jornalismo ou moda. Depois, funcionou o boca-a-boca. Inicialmente, os ciclos de cinema ao final da tarde deram-lhe visibilidade, tornando-o em algo mais do que sítio de copos. Às sete da tarde podia ver-se retrospectivas de realizadores de referência. Quase sem querer, em pouco mais de seis meses, era 'o' sítio de Lisboa."

Ia-se ao Kirk para se ver e ser visto. Mas ali, até pela configuração do espaço, a pose de "ver o ambiente" não funcionava. "Quem ia lá, ia lá mesmo", lembra Ricardo Montas, 38 anos, designer, a viver hoje em Londres. "Não era um espaço onde se fosse descontrair. Tinha que se estar lá, mesmo."
"O Kirk representa a essência do Bairro, a capacidade de num espaço pequeno haver pessoas diferentes. Tanto havia o pessoal artístico como as pessoas que só queriam dançar, numa mistura de pessoas mais velhas e novas."

Montas veio dos arredores de Leiria para estudar em Lisboa. O Kirk foi a segunda escola. "Passei lá muitas noites e finais de tarde a ver cinema e a discutir o que se via. Foi determinante para mim ter conhecido ali uma série de gente. Foi o Kirk que me integrou em Lisboa. E foi dali que abri olhos para o mundo."

À porta estava a figurinista Isabel Peres ou Vanessa Rato, hoje jornalista do PÚBLICO. Ao balcão encontrava-se, inicialmente, DJ Rui Murka, actualmente com 36 anos. "Tinha 22 anos, naquele espaço respirava-se qualquer coisa de novo e queria fazer parte daquilo. Era uma excitação ir para lá. Havia sempre muita gente, aquilo não parava. Estava sempre ansioso por ir trabalhar. Fazia parte de um grupo de pessoas que se queria afirmar e que sentia que aquele era o espaço onde estavam as coisas a acontecer."

O tempo deu-lhe razão. Nessa época movimentavam-se uma série de DJs que queriam legitimar novas sonoridades para lá da lógica da música de dança mais funcional (house e tecno) que predominava. O Kirk funcionou como catalisador. Foi ali que despontaram, ou tiveram oportunidade de evoluir, nomes hoje firmados da cultura DJ portuguesa como Tiago Miranda (Loosers, Dezperados, Pop Dell' Arte, Slight Delay), Dinis, Nuno Rosa (Pink Boy, Dezperados) ou Rui Murka. Foi também ali que o colectivo CoolTrain Crew (Johnny, Murka, Dinis, Rosa, Miranda e eu próprio) deu os primeiros passos, antes de iniciar residência no Ciclone (ex-Johnny Guitar) e transitar pelo resto do país.

Todos esses nomes, em conjunto com outros, como os residentes Lígia Pereira ou Rui Viana (sonoplasta), criaram a imagem sónica do Kirk, misto de linguagens em afirmação na época, do drum & bass ao jazz mais dançável, até noites ecléticas onde tudo podia acontecer. Uma vontade de surpreender que chegou a ser elogiada na revista inglesa "The Face". O sociólogo, músico e artista, António Contador, 38 anos, hoje em Paris, também por lá andava.

Às vezes como cliente, outras na cabine de DJ. Para ele foram anos importantes. "O ar do Rui Viana fascinava-me e deu-me o tom para o que eu queria fazer com discos. Recordo-me das noites Pimp-Pop, ao domingos, em que ele e o Tiago Vaz misturavam piroseiras num espírito embriagador, com aquele cheiro a tabaco e a bafio por todo o lado que se colava à pele e era maravilhoso. Lembro-me da Isabel Peres e da Vanessa Rato na porta, adornavam com o seu ar 'arty-trashy' a cena toda que girava à volta do Kirk e que era naquela altura o centro do universo criativo lisboeta. Não tenho dúvidas disso."

Algumas das noites mais emblemáticas do lugar não aconteciam aos fins-de-semana. A dinâmica era diferente da actual. "Não havia tanta oferta", reflecte Murka, "e as pessoas concentravam-se mais num circuito, contribuindo para que todos os dias existisse alguma animação. Havia uma grande dinâmica e aos domingos, segundas ou terças havia pessoas para se divertirem."

Uma das imagens que ainda hoje perdura é a dos televisores. "Era singular um bar daqueles ter tanta informação visual, com uma dezena de televisores a passar coisas diversas - documentários, coisas ligadas à arte ou fitas clássicas", conta Cramez, que fazia a programação de cinema, recordando uma noite em que decidiram passar uma série de filmes eróticos nos televisores.

O Kirk era um espaço que libertava uma energia excessiva. Como os melhores espaços nocturnos, não era apenas um bar ou uma discoteca. Era um organismo vivo e como muitos locais cuja validade reside na vitalidade que desencadeiam não se aguentou muito tempo. "Havia muita avidez, para o bem e para o mal, na forma como aquele ambiente se consumia e, às tantas, começou a ser o ambiente a consumir algumas pessoas", diz Rui Murka. "Havia tantos exageros que era impossível manter aquele negócio. Simplesmente não havia cabeça para tal."
Certa noite, uma dúzia de pessoas, entre empregados e clientes, foi parar à esquadra e, depois, presentes a tribunal. Acusação: distúrbios à ordem pública. O facto nada teve de extraordinário, efeito de uma discussão acalorada entre empregados, clientes e polícia, pelo facto do bar ainda conter pessoas depois das quatro da manhã, mas Murka assinala o sucedido como marcante. "Foi apenas um episódio, mas deu início ao declínio. O primeiro ano foi incrível, culminou numa festa na Caixa Económica Operária. Foi um ano intenso, com cultura, diversão e sentido lúdico, mas depois começaram os exageros com os consumos ilícitos e as pessoas responsáveis perderam o controlo à coisa."

O último com aura

O bar Captain Kirk, nome de herói do Caminho das Estrelas, imortalizado na canção "Where's Captain Kirk?" do grupo punk Spizzenerg!, surgiu num tempo de transição do Bairro Alto.

Recebeu a herança dos anos 80, atribuindo-lhe nova energia, generosa mas desmesurada, ao mesmo tempo que já prenunciava os novos tempos. A fase de empobrecimento do Kirk coincide já com a ocupação das ruas do Bairro Alto, que começou a ser vivido no exterior e não no interior. Para muitos, como para Ricardo Montas, foi o último dos bares icónicos do Bairro a ter essa aura de mistério. "Quando entrava naquele sítio, perguntava-me sempre: 'o que vou encontrar desta vez?'"
"Cada pessoa procurava uma coisa diferente", responde Murka. "Alguns, os ciclos de cinema, outros a música - era ali que se ouvia a mais arrojada da altura - e todos eles, a diversão."

A jornalista Maria João Guardão evoca o espaço de forma lapidar: "falar, falar, falar, beber, beber, beber, dançar, dançar, dançar, e tudo, outra e outra vez". Cramez diz que foi o único sítio onde esteve que "suportava que estivesse completamente cheio. Era o cantinho onde tudo se passava." António Contador recorda-nos que um local daqueles também é espaço de afectos: "Lembro-me tão bem das pessoas que trabalhavam no Kirk, em especial da Cikuta. Para mim, o Kirk era muito ela. Nunca lho disse e adorava fazê-lo. Lembro-me do seu corpo esguio, das mãos finas e compridas, do cabelo curto e do rosto e sorriso à Grace Jones. Cikuta, se me estás a ler, fica sabendo que foste linda e seguramente ainda és." Se souberem onde ela pára, digam-lhe.

ficção #3 - fundamental aspects of human culture.


soccer - happy!
live - idle.
drink - happy!
work - idle.
transform - happy!
copy paste - idle.
buy - happy!
copy - idle.
sell - happy!
photocopy - idle.
throw away - happy!
ready made - idle.
junk food - happy!
box everything and send to africa - idle.
tv - happy!
read - idle.
do nothing - happy!
create - idle.
sleep - happy!
respect - idle.
drive - happy!
breathe - idle.
fly - happy!
landscape - idle.
drive - happy!
water - idle.
fire - happy!
reality
- idle.
die - happy please!, no matter how...


raparigas bonitas fazem sepulturas

porque é que toda a gente adora mulheres bonitas com problemas?
seja homem ou mulher, todos adoram acarinhar raparigas que sejam, finjam ou imitem bem ser um pouco tristes, macambúzias e misteriosas, sobretudo misteriosas (ingrediente maximizante do feitiço).
sim, porque se se decifrar o que está por trás de tanta melancolia e se se descobrir que é por não ter aquele hermès, é fantasia de cordel... quebra o encanto. mas se esse ronronar de tristeza enrolar o tempo suficiente é bem capaz de ser um encontro esplêndido.
elas até podem ser inteligentes, e por certo serão, até se descobrir outra ainda mais misteriosa, ou mais bonita, neste ranking de sedução.
eu nunca percebi, e continuo sem perceber, a razão das pessoas se transformarem naquilo que não são para conseguirem o que querem. e se o são, porque não o assumem, escondendo-se atrás de supostas regras sociais, ou encantos pré-pagos, distribuidos em larga escala pelos quatro cantos do mundo... "tudo normalizado e aceite pelas normas comunitárias, só pode ser bom! e se fôr caro, tipo, estupidamente caro, ainda melhor! são menos a ter, e EU tenho!"
ok.
mas o que mais me chatea, é a falta de frontalidade e de honestidade. à falta disso, meus amigos, o cenário fica negro por estas bandas.
que as meninas sejam dark candy não me atormenta, pelo contrário, também eu sou vítima desses doces anjos negros perdidos neste mundo cruel, como não podia deixar de ser, caso contrário não estaria a escrever este post.
não posso é com arrogância e falsidade. tristes de nariz empinado não vale!
especialmente quando se lhes dá a mão. o orgulho de ser triste-fado está directamente relacionado com o facto de sermos todos, independentemente dos percursos, estados actuais, e/ou opções de vida, de sermos todos portugueses. sim sim, está no sangue.
e choramos muito, é verdade. é tão verdade como o fado, triste, duro, real. mas em paralelo também não podemos fugir ao eterno clichê: quem não chora não mama...
a vida é engraçada... afinal, ser mulher bonita e triste até pode equivaler a sedução forçada para atingir fins... venha o teste de QI, ou mesmo uma luta de braços, estou por tudo!
"fico mesmo atormentada quando sinto as energias das pessoas à minha volta entrarem em conflito." (e assim, tenho mais glamour?)

terça-feira, março 03, 2009

blogs blogs e mais blogs

por vezes os blogs revelam-nos o caracter da(s) pessoa(s) que nele despeja(m) pensamentos.
por vezes essas palavras escritas numa noite sem sono podem ser realmente reveladoras.
por vezes há posts que assustam.
e isso é o melhor nos blogs honestos.
cabe ao leitor decidir se continua a seguir os delirios literários ou visuais, ou não.
cabe também ao leitor decidir se essas opiniões lhe dizem alguma coisa e tentar relacionar com a pessoa física e real que eventualmente pode conhecer, ou não.
últimamente tenho lido posts completamente reaccionários, ridiculos, centrados no umbigo de forma bárbara... por pessoas que até conheço, ou não.
sendo eu uma pessoa bastante aberta a perspectivas diferentes, é-me dificil aceitar esta minha posição mas, há coisas que me perturbam sobremaneira. ou seja, normalmente não comentaria, mas realmente, ver, ou melhor, ler o estado em que anda o mundo na cabeça das pessoas, é impressionante...
como por exemplo: os luxos consumistas que nos "libertam", ou a necessidade de gastar dinheiro para alcançar a felicidade (eu até prefiro passear... ou semear, mas isso sou eu)
ou a lista interminável de co2 consumido em poucos dias, como prémio de inteligência e sublinhar do status (dito assim até parece inveja, mas não é. mesmo.)
e finalmente, e para mim a maior surpresa dos últimos tempos, o enaltecer da emigração como último passo na sobrevivência da vida inteligente no mundo. uff. (eu até sou da opinião que fugir não é solução, e faz-me confusão este tipo de opção. e se todos tomarmos o mesmo rumo, nunca este pais vai sair da cepa torta...)
fico triste por ler tomadas de posição destas, ainda por cima de pessoas que me dizem alguma coisa. provavelmente estou à demasiado tempo no campo. na cidade sempre há mais coisas para ver e aprender. montes delas, e ainda agora terminaram os saldos...
como em tudo, são opções, e eu estou aqui porque quero, e sinto-me feliz assim.
já não posso dizer o mesmo das mesmas pessoas que me fizeram escrever este post...
fico triste, pronto, porque em último caso, são estas pessoas que eu gostava de ver a enaltecerem o caminho de outras, com contributos minimais e simples, mas efectivos.
teimo em acreditar mais nos outros que em mim mesma, e isso não me tem trazido grandes alegrias, é um facto.
bom, vou mondar as beterrabas, essas sim, exemplos fantásticos de resistência e evolução, nas últimas semanas cá em casa... e dizem coisas fantásticas! é ouvir e aprender!

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

the new normal


It's not everyday that Dick Cheney gives its title to an art exhibition.

In the weeks following September 11, the U.S. Vice President justified a steep increase of surveillance measures by explaining that "Many of the steps we have now been forced to take will become permanent in American life. They represent an understanding of the world as it is, and dangers we must guard against perhaps for decades to come. I think of it as the new normalcy." Almost 7 years later, the collection and sharing of personal data by governments, luggage searches, Internet monitoring, and wiretaps have indeed become part of a "new normal" in American life.

mais aqui.

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

define: normal

"não gosto desta comida. as mães não compram estas comidas para os filhos. eu gosto de arroz com massa. e as mães também compram carne para os filhos. e sumo. e também não gosto da nossa casa. não é cor de rosa. nem verde, nem tem escadas grandes. não gosto desta comida e não quero comer mais. quero comer fruta. e pão. e ver filmes."

quarta-feira, fevereiro 25, 2009

hairstyling


"agora já temos máquina para cortar o cabelo! como é que queres o teu? mais fashion, mais seventies..."
"já passei dos trinta, man. agora é hardcore."

tempo


dei por mim a ouvir música e a reflectir sobre o tempo. o que faz acontecer, o que acontece, o que muda, o que cresce, o que não pára, etc... senti como as coisas acontecem porque têm de acontecer naquela altura e não outra, e como deixam de fazer sentido se tentarmos repetir.
a urgência, e o tempo. que clichê.
depois disso, e de um belo almoço ao ar livre, e posterior parte social mais ao sol, dei por mim a ouvir palavras com música, música para os meus ouvidos, e a dar mais um passo no percurso, por certo longo, de uma nova étapa que começou este ano, finalmente.

a velocidade estonteante


hoje recebi este email:

O novo MacBook Pro de 17 polegadas já chegou.


da amiga maçã.
primeiro, optei por nem o abrir.
depois pensei, que se lixe, por olhar não se paga..., e abri.

hoje olhei para as minhas duas filhas e reparei como estão a ficar cada vez mais autênticas e mais crescidas.

terça-feira, fevereiro 24, 2009

da importancia da música

An example of music and its bodily origin is found in the way in which individuals perceive and respond to musical rhythm. It is known that we possess an innate ability to estimate intervallic relations. Indeed, when we listen to musical stimuli, we use the musical information already heard to provide a reference for ongoing perception. We are able to anticipate regular events (demonstrated by anticipatory body movements) — and react to a disturbance of these events. We find this intrinsically pleasurable, and our bodies are highly responsive. There is now ample evidence that fast musical pulses increase our heart rate and can make us drive faster, eat more quickly, make love more vigorously, and so on. By contrast, slow musical rhythms provide relaxation, promoting rest: lullabies soothe, and assist sleep as the heart rate slows.

da politica na música, ou da música politica


I interpret the song to be about living a quiet, apolitical domestic life in our troubling era of war and economic imperialism. I can't quite tell whether the songwriter intended to chastise people for being politically apathetic - he could very well be describing how he and a loved one take refuge in the "small" things ("picking apples, making pie"), away from troubling discourse. Regardless of the singer's intended meanings, the song is precious and chilling.

While the songs don’t appear to be political, they can certainly be re-construed that way, which is probably why the band ended their set with them. It was a wildly effective double punch.

o carnaval da malagueta


ok, estou farta. fartinha.
desde sexta que estou meio morta, doente, prácticamente sem me levantar da cama, que é já como um prolongamento do meu corpo.
já vi até à exaustão todas as fotografias e relatos das aventuras das outras pessoas que, sem estarem doentes, continuam na sua vida, e chego à conclusão que: o tempo faz-se sentir em qualquer um, e das figuras tristes ninguém se consegue safar - culpa dos flashes mortais das camaras digitais.
já dormi certamente demais por agora, e pelas noites perdidas nas últimas semanas.
estou cansada de tentar re-iniciar o meu cérebro, sem sucesso.
e o mais ridiculo de tudo é que podia ter ficado doente noutra ocasião... quer dizer 3 dias sem as filhas deveria ser motivo de relaxamento e pura diversão, mas não.
assim que volto a perceber os contornos de uma respiração completa, chegam as catraias, tendo eu apenas tempo de escrever isto e preparar-me para mais uma semana, mais curta, claro, mas seguramente de intensidade igual a uma semana inteira.
mas como foi no carnaval, ninguém levou a mal, não...

terça-feira, fevereiro 17, 2009

cheers

malagueta brinda ao sol do meio dia, com cerveja fresquinha e um sol reconfortante, estende mais uma máquina de roupa e prepara o almoço. que bom que é o sol em fevereiro...

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

instax


no meio da tralha que ando constantemente a tentar arrumar, mas que durante os últimos dias tem sido vorazmente atacada, encontrei a minha instax 100, e, claro, escrevi logo na lista de compras: 1 cartucho polaroid.
ontem, a pedido da matriarca, lá fui ao cinema, como acompanhante, ver, que até me custa a dizer, o second life. bem, relativamente ao filme nem teço comentários, que ainda estou meia tonta com tanta barbaridade, de tal tutti frutti salada russa com maionese estragada, de filme que é.
bem, antes do suplicio, passo na fnac e peço o dito cartucho. "19,99€ por favor." diz o rapaz, com cabelo pintado de escarro, vestido de ganga à anos oitenta, e com a chapa a dizer "gonçalo".
"19,90!?" "19 euros e 99 cêntimos." diz secamente, como se o estivesse a ofender, como se ele fosse o criador da fuji, ou coisa que o valha. lá adquiri a coisa, mas fiz imediatamente as contas, porque 199,99€ a dividir por 10 fotos, dá uma barbaridade por polaroid, mas isto de ser fotografo está no sangue e sai sempre do bolso quando se quer curtir um pouco...
quando penso nisso, acho que já não utilizava polaroids à uns anos valentes!
que se lixe o vil metal!, apatece-me tirar fotografias...

o meu ipod nano

londres, novembro de 2005
está frio, e chove ocasionalmente, mas o calor que sai do aquecimento central faz esquecer quase na perfeição o tempo que faz lá fora.
desço por umas escadas de madeira que foi encerada milhões de vezes, numa casa, agora galeria, que me dizem ter sido habitada por grandes heróis da história britânica.
finjo interesse, na realidade só penso em voltar para o meu quarto, num terceiro andar de uma pensão "oh, terribly sorry, there was a minor missunderstanding..." de última hora, cujo aquecimento não obedece ao manipulo, e portanto, clima tropical em época de aquecimento global. gorgeous.
lá acabo de tirar as fotografias das obras, uns quantos auto-retratos pelo meio, "that's quite interesting!", umas stuffed potatoes on the go com 100% coke a empurrar, sim porque isso das diet é para meninas, e lá vamos nós pela oxford street, a calcorrear passeios famosos, com gente que não é dali, à procura de um bar aberto para um último shot de whiskey velho.
não há nada aberto. ok, time to go up the stairs and sleep. zapping pelos canais de pronúncia brit, espanhola e alemã, e snooze...
dia seguinte, como é bom o amanhecer que sabe a estrangeiro. sete da manhã na galeria, tendo tomado um café - dos mais caros da história - num dos primeiros cafés a abrir noutra qualquer zona chic ainda na moda. mais cliques e filme e chapas e digitais e tais e mais e ooh, stuffed potatoes, quem é que teve a amabilidade!!!, depois disto vai mas é um duplo, e sem gelo, no soho - por favor, que isto dos shots... bom, viver aqui teria de ser diferente, por certo, mas ok.
(eu estava grávida, e não disse nada. apenas o J. sabia. numa noite em que o calor eléctrico parecia não obedecer a nada nem ninguém, ficámos a conversar até de manhã, sobre coisas que nunca tinhamos falado antes, com intimidade, honestidade e alguma frontalidade. ainda retenho a imagem do seu corpo adormecido na sombra, enquanto a luz do sol fazia-me relembrar as horas da manhã, e com elas, os horários)
depois de tagarelices com senhores cockney e artistas e coisas que tais, lá vamos nós de novo respirar um ar londrino. e ali estava ela, a grande maçã do nosso encantamento, a apple store de regent street, com ipod nanos acabadinhos de sair, fresquinhos fresquinhos... "isto é que é fruta biológica!" alguém brinca comigo. e todos entrámos para ver, sentir e sonhar com a tecnologia de ponta que ali se disponibilizava inteirinha, a troco de umas boas libras. nessa tarde saiu a sorte grande a três tugas de uma só vez, e todos se sentiram mais felizes um bocadinho por terem um ipod nano, 4gb, uau. mais inseridos na sociedade, mais fashion, mais londrinos porque não! depois da roupa e do calçado, os acessórios, aah, digno de um maestro: "desenhar assistentes from scratch será o último desejo, enquanto isso, ensaiemos..."
assim começou uma intima relação com o meu ipod nano, novinho, lindo, fresquinho, e que assim que cheguei a portugal enchi com toda a música que podia. o mesmo fizeram os outros dois, e depois era uma galhofa musical, os três ipod nano de braços dados a sorrir pelas ruas, dois brancos e um preto, pois a diversidade é a nossa alegria.
e bom, andávamos sempre juntos, o nano e eu, ora cor de rosa, ora verde, conforme a vestimenta, conforme a mala, enfim, prazer quase infinito.
até que apareceu a catarina portas na minha vida, ou melhor no meu ipod. até ao dia de hoje ninguém me consegue convencer do contrário, a culpa foi dela. o designer a telefonar "onde é que andam as fotos da menina", eu a enviar ao mesmo tempo que escrevia emails, tirava fotos e massajava a barriga (a esta altura já tinha dito a todos que estava grávida, anunciando assim o caracter de urgência para o desenrolar dos trabalhos), "olha que isto não tá bom, tem de ser bem maior", e foi aqui. transfiro as imagens para, o meu ipod nano. e, ao descarregá-las... ele morreu.
depois disto, foi o horror das garantias britânicas, e por três dias (3!!!), sim três dias, já não estava dentro da garantia, oh my mac. assim, pulou de mão em mão, de mac freak a mac nerd, e nada. "benvinda à sociedade de consumo!", dizia-me um dr. mac, "temos aqui muitos para vender, faz um porta-chaves desse, fica giro!", sem comentários, enfiei o objecto no bolso e voltei ao trabalho. nunca mais tive uma coisa daquelas.
costa da caparica, fevereiro de 2009
o tempo passou e, esta semana, depois de já ter sido brinquedo das minhas duas filhas, de andar de caixa em caixa, de apanhar pó, o meu ipod nano voltou a viver! depois de ter sido presenteada com um shuffle rosa fantástico no natal passado, a ironia do destino voltou a bater à minha porta. segundo as crónicas do mensageiro, a boa nova aconteceu depois de um encontro quente com um secador de cabelo. um secador de cabelo. dois anos à espera que um secador de cabelo lhe salvasse a vida. e tantos como ele na esperança de serem reavivados, outros tantos sem saber sequer que há esperança. entretanto, por um motivo ou por outro, as vendas não têm caido...
agora, tenho dois ipods, maravilha das maravilhas, posso dar um ao meu companheiro, e assim podemos os dois ouvir a nossa música, ao nosso ritmo.
bom, ao menos serviu para o maior post dos últimos tempos.

este ano



este ano não vou mudar, estou a mudar.

não vou esperar, vou fazer
não vou perguntar, vou concluir
não vou imaginar, vou agir
não vou acreditar, vou ver
não vou chorar, vou seguir em frente

e, muito honestamente, estou-me pouco borrifando para o que possam pensar, dizer ou comentar. desde que eu esteja bem com a minha consciência, estou bem com o mundo, e não é pelos ideais de outros que vou avaliar os meus progressos, mas sim pelo que sinto.
e este ano, quero sentir-me bem.


2009 is the Year of the Ox! Olivia is a young ox eager to make her mark in the world. But growing up is challenging, as Olivia learns that helping sometimes is harder than it looks. But when her friend Mei gets in trouble, can Olivia rescue her adopted sister and her reputation at the same time? Olivia's rousing quest to unearth her true nature will delight children and adults alike. Fourth in the annual series Tales from the Chinese Zodiac, The Year of the Ox features all the charismatic animals of the Chinese lunar calendar and shows how fun it is to "have a cow!"

sábado, fevereiro 07, 2009

Memorable quotes - Sunset Blvd.


Memorable quotes for Sunset Blvd. (1950)

*Betty Schaefer: Don't you sometimes hate yourself?
*Joe Gillis: Constantly.

*Joe Gillis: [narrating] The poor dope - he always wanted a pool. Well, in the end, he got himself a pool.

*Joe Gillis: You're Norma Desmond. You used to be in silent pictures. You used to be big.
*Norma Desmond: I *am* big. It's the *pictures* that got small.

*Norma Desmond: They took the idols and smashed them, the Fairbankses, the Gilberts, the Valentinos! And who've we got now? Some nobodies!

*Joe Gillis: I didn't know you were planning a comeback.
*Norma Desmond: I hate that word. It's a return, a return to the millions of people who have never forgiven me for deserting the screen.

*Max Von Mayerling: She was the greatest of them all. You wouldn't know, you're too young. In one week she received 17,000 fan letters. Men bribed her hairdresser to get a lock of her hair. There was a maharajah who came all the way from India to beg one of her silk stockings. Later he strangled himself with it!

*Norma Desmond: We didn't need dialogue. We had faces!

***

The street after which the film is named has been associated with Hollywood film production since 1911 when the town's first film studio opened on Sunset Boulevard. The film workers lived modestly in the growing neighborhood, but during the 1920s profits and salaries rose to unprecedented levels. With the advent of the star system, luxurious homes noted for their often incongruous grandeur were built in the area. The stars were the subject of public fascination throughout the world as magazines and newspapers reported the excesses of their lives.

As a young man Billy Wilder was interested in American culture, with much of his interest fueled by the country's films. In the late 1940s many of the grand Hollywood houses remained, and Wilder, now a Los Angeles resident, found they were part of his everyday world. Many former stars from the silent era still lived in them, although most were no longer involved in the film business. Wilder wondered how they spent their time now that "the parade had passed them by" and began imagining the story of a star who had lost her celebrity and box-office appeal.